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Em acareação, menor desmente primeira versão sobre morte de Eliza Samudio

A acareação durou quase três horas. O adolescente disse que prestou depoimento sob pressão e que teria sido a ser agredido por policiais, no Rio de Janeiro.

A primeira versão do menor causou uma reviravolta na investigação sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. Havia riqueza de detalhes macabros. Foi o começo de uma série de prisões no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Mas, ontem à noite, o menor que participou do sequestro mudou toda a história ao ficar frente a frente com um dos suspeitos. Foi a primeira vez que o adolescente que denunciou o caso e Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, se encontraram.

De acordo com a Polícia Civil, durante a acareação o delegado e o escrivão estavam em uma mesa na frente da sala. O menor e Sérgio, de frente à mesa do delegado. Os suspeitos ficaram cara a cara. Os advogados dos dois envolvidos acompanharam os clientes. No fundo da sala, ficaram a mãe do menor e uma representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A acareação durou quase três horas. O adolescente disse que prestou depoimento sob pressão e que teria sido a ser agredido por policiais, no Rio de Janeiro.

Ontem, o menor mudou a versão mais uma vez. Disse que Sérgio Rosa Sales não esteve na casa onde Eliza Samudio teria sido morta e que ele não viu a execução da ex-amante de Bruno, contrariando o que havia dito antes.

Não foi o que Sérgio disse na acareação. Ele manteve a versão anterior de que o menor sabia da morte de Eliza Samudio.

Não foi encontrado ninguém da assessoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro para comentar a suposta agressão ao menor.

 

 

 

Problema de tragédias no trânsito é que pessoas são deficientes cívicas

As tragédias nas ruas se tornam uma rotina de horror. Recebemos muitas mensagens de gente perplexa, gente indignada, pessoas que fazem perguntas para você. Uma delas é do Carlos dos Santos, de São Paulo. Ele quer saber como evitar esses crimes ao volante. É preciso ter leis mais severas?

Ontem, eu esperava o sinal abrir e vi um carro estacionado em uma vaga para deficiente físico. Saiu uma senhora loira, bem vestida, que não tinha nenhuma deficiência. Abri o vidro do meu carro e gritei para ela: “A senhora esqueceu as muletas”. Ela disse que ia ficar um pouco. O sinal abriu e eu fui embora.

O problema é que as pessoas são deficientes cívicas. Não é lei. Falta em casa pai e mãe ensinarem a se cumprir a lei.

O jornalista Heraldo Pereira me contou que na África do Sul os jornalistas brasileiros apostavam se o taxista pararia no sinal vermelho tarde da noite, quando não havia movimento. O motorista perguntou por que eles riam e ficou sem entender como seria possível alguém não parar no sinal vermelho.

Está faltando consciência, cultura de cumprimento de lei no Brasil.

 

Para consumidor, nada muda com entrada de estrangeiros nas telefônicas brasileiras

Portugal Telecom anunciou a intenção de comprar parte da companhia brasileira Oi por R$ 8 bilhões. A ideia de uma companhia telefônica exclusivamente brasileira se perdeu? O governo brasileiro mudou a regra e deu um enorme empréstimo, entrou como sócio para a Telemar comprar a Brasil Telecom e formar a Oi.

Tudo isso era para criar uma grande tele nacional, sob controle e com participação do governo. Agora vai entrar um minoritário português e com, de novo, pressão do governo. É através do BNDES que eles estão tentando entrar na Oi.

A ideia de uma tele nacional está mudando. Portugal Telecom e Telefónica vêm brigando há meses para ficar mais fortes no mercado brasileiro. A Europa está em crise e os negócios crescem no Brasil.

Para o consumidor, não muda nada. O que o governo deveria estar fazendo é pressionar as telefônicas por um melhor serviço. Todos nós que usamos telefone celular, internet, sabemos que o serviço não é bom, é caro e não está melhorando.

Na verdade, tudo isso se passa entre os interesses dos sócios e não entre os interesses dos consumidores.




Decretada prisão preventiva de PMs que liberaram atropelador do músico Rafael Mascarenhas

Policiais devem prestar depoimento hoje na delegacia e na Justiça Militar. O filho da atriz Cissa Guimarães foi homenageado ontem em uma cerimônia no Rio de Janeiro.

Os policiais que liberaram o atropelador do músico Rafael Mascarenhas tiveram a prisão preventiva decretada. Eles devem prestar depoimento hoje na delegacia e na Justiça Militar. O filho da atriz Cissa Guimarães foi homenageado ontem em uma cerimônia no Rio de Janeiro.

A igreja na zona sul do Rio de Janeiro ficou lotada. Dezenas de parentes e amigos reunidos na missa de sétimo dia de Rafael Mascarenhas.

Na mesma noite, a Justiça decretou a prisão preventiva, por 82 dias, dos dois policiais militares acusados de cobrar propina para liberar o atropelador do músico. Eles foram transferidos para o batalhão prisional da Polícia Militar.

A reconstituição do acidente feita na madrugada desta terça-feira revelou detalhes do atropelamento. Os carros seguiam em uma reta do túnel, quando os motoristas viram os amigos de Rafael. Depois de uma pequena curva, à direita, o músico foi atingido quando fazia uma manobra de skate.

Três dias antes da morte de Rafael, em outro atropelamento no Rio de Janeiro, o motorista também fugiu sem prestar socorro. A dona de casa Andréia dos Santos, de 42 anos, atravessava um cruzamento em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Ela foi atingida por um carro em alta velocidade. Morreu antes de chegar ao hospital.

“Não fazem nada. Matam e vão embora sem prestar socorro. É uma covardia”, diz o viúvo de Andréia, José Carlos da Rocha.

Testemunhas anotaram a placa e denunciaram à polícia. Ontem, um parente da dona de casa viu o carro em uma revendedora de parabrisas. Os investigadores identificaram o proprietário do veículo e apreenderam o carro.

Nas primeiras análises da perícia, os técnicos identificaram que o carro sofreu um impacto recente. A lataria parece ter sido consertada às pressas, a lanterna ainda está quebrada e os limpadores do parabrisa foram retirados para a troca do vidro.

O dono do carro, Tiago Nunes Pimenta Brandão, de 25 anos, se recusou a prestar depoimento e foi liberado.

“Foi indiciado por homicídio culposo e vai ser ouvido. Vamos reunir o material, aguardar a perícia para remeter à Justiça”, diz o delegado Luiz Antônio Ferreira.

 

Meteorologia alerta para novos temporais no Rio Grande do Sul

Tem chovido acima da média esse mês no estado, por causa das frentes frias e de uma forte massa de ar seco que impede a passagem dessas frentes frias.

Áreas de instabilidade mudam o tempo no extremo Sul do Brasil. Vai chover forte - e pode até chover granizo - no Rio Grande do Sul. O vento úmido que sopra do mar deixa o céu nublado e traz um pouco de chuva fraca do litoral de Santa Catarina ao sul do Rio de Janeiro.

Sol entre nuvens e pancadas de chuva do Amazonas ao norte do Maranhão e também do Rio Grande do Norte ao Espírito Santo. Tempo firme entre Paraná, Acre, Ceará e Minas Gerais.